terça-feira, 31 de maio de 2011

2.Os Prazeres e as riquezas não dão felicidade.

1.Disse eu no meu coração:Ora, vem, eu te provarei com a alegria;portanto goza o prazer;mas eis que também isto era vaidade.
2.Do riso disse: Está doido; e da alegria; De que serve esta?
3.Busquei no meu coração como me daria ao vinho (regendo, porém, o meu coração com sabedoria) e como reteria a loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu, durante o número dos dias da sua vida.
4.Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.
5.Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de fruto.
6.Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles os bosques em que reverdeciam as árvores.
7.Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém.
8.Amontoei também para mim prata e ouro, e jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte.
9.E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou comigo também minha sabedoria.
10.E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma;mas o meu coração se alegrou por todo meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.
11.E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando tinha, tinha feito;  e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
12.Então passei a contemplação da sabedoria, e dos desvarios, e da doidice; porque fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que os outros já fizeram.
13.Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas.
14.Os olhos dos sábios estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; também então eu entendi que o mesmo lhes sucede a todos.
15.Pelo que eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim também acontece a mim: porque então busquei eu mais sabedoria? Então disse no meu coração que também isto era vaidade.
16.Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo nos dias futuros total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo!
17.Pelo que aborreci esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim tudo é vaidade e aflição de espírito.
18.Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do sol, visto como eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim.
19.E quem sabe se será sábio ou tolo? Contudo, ele se assenhoreará de todo o meu trabalho em que trabalhei em que me houve sabiamente debaixo do sol: também isto é vaidade.
20.Pelo que eu me apliquei a fazer que o meu coração perdesse a esperança de todo o trabalho em que trabalhei debaixo do sol.
21.Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, e ciência, e destreza; contudo, a um homem que não trabalhou nele, o deixará como porção sua; também isto é vaidade e grande enfado.
22.Porque mais tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?
23.Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é desgosto; até de noite descansa o seu coração; também isto é vaidade.
24.Não é, pois, bom para o homem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus.
25.(Porque quem pode comer ou quem pode gozar melhor do que eu?)
26.Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria, e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, e o dê ao bom perante a sua face. Também isto é vaidade e aflção de espírito.

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